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“Hamlet”, a obra de Shakespeare é carregada de enigmas e valores impostos no Renascimento europeu. A peça é um monólogo narrado por Hamlet, príncipe da Dinamarca cheio de desespero e solidão. A tragédia do autor inglês é considerada por muitos uma obra filosófica e traz a famosa indagação “ser ou não ser”.
“Ser ou não ser”, representa uma pergunta importante, e que pode ser relacionada a vários aspectos da vida. Uma interpretação mais contemporânea nos diz que “ser ou não ser” está ligado a pensar e agir diante dos acontecimentos, dúvidas, desafios, objetivos.
Inflação, recessão ou ambos?
A inflação dos EUA, 9,1% atingiu seu pico em julho?
A visão amplamente aceita é a de que a inflação permanecerá alta por muito tempo. Em julho, o petróleo caiu cerca de -9%, os metais caíram entre -3% e -12%, o trigo e a madeira caíram -12% e -16%, respectivamente e, o índice de commodities CRB caiu -3,8%.
A restauração, ainda que pequena, da cadeia de suprimentos, já tirou a pressão de preços de várias mercadorias. Além disso, a maioria dos indicadores de atividade dos EUA mostram enfraquecimento, culminando em mais uma queda trimestral do PIB, -0,9%.
Então, pode ser que a inflação caia muito mais rapidamente do que a maioria prevê nos próximos meses.
“Ser ou não ser, eis a questão” do FED, mais juros?
Embora o aumento das taxas de juros ajude a conter a inflação, eles o farão apenas suprimindo a demanda e prejudicando a economia. Eles não vão reparar as cadeias de suprimentos ou acabar com a Guerra da Ucrânia.
Deflação?
Sim, a deflação pode ser o principal risco que o mundo enfrentará no próximo ano.
Os EUA devem lidar com essa inflação, e devem fazê-lo enquanto tentam evitar uma desaceleração econômica que pode se tornar uma recessão. Apertem os cintos!
No mercado interno.
Além dos fatores externos, há a piora do cenário fiscal e o pleito de outubro.
Uma mudança a ser observada é que as condições financeiras globais estão se restringindo e os preços das commodities estão revertendo sua tendência de alta, prejudicando ainda mais nossa economia, enquanto as pressões inflacionárias persistem.
Os juros reais no Brasil seguem em alta e estão sendo negociados aos mesmos patamares de 2015; os títulos do governo com um ano de prazo pagam hoje perto de 7,00% ao ano, e a perspectiva é de que haja, pelo menos, mais um aumento da SELIC dos atuais 13,25% para 13,75% ou até 14,00%.
Precisamos estar cada dia mais atentos, pois somos movidos diariamente a novas experiências e expectativas, buscando sempre uma direção.
Assim, de uma forma tão simples, é notório afirmar que SER ou não SER, não é uma questão de opção, mas sim de uma decisão feita com muita responsabilidade.