“O pôquer não é simplesmente um jogo de probabilidades, jogadas e cálculos. É um jogo de emoções controladas e exploradas, incluindo ganância, medo, excesso de confiança e raiva.” 

Steven Lubet

Quando Andrew Beal visitou pela primeira vez a sala de pôquer do Bellagio, ele gostou da atmosfera e dos jogadores profissionais. Ele acabou ganhando mais de $100.000, creditando isso à sorte. Então decidiu estudar o jogo e enfrentar os melhores jogadores. Voltou a Las Vegas e jogou heads-up (um contra um) com profissionais para as apostas mais altas.

Quando os melhores jogadores de pôquer decidiram juntar seu dinheiro para jogar contra o bilionário banqueiro, essa junção foi denominada Corporação. As partidas continuaram por três anos com o Andrew Beal ganhando surpreendentemente a maioria das disputas e, eventualmente, voando de volta para o Texas com mais de $10 milhões do dinheiro da Corporação.

Trecho da história do livro: The Professor, The Banker and The Suicide King.

No pôquer a gestão de riscos é fundamental, uma jogada ruim pode levar todas as suas fichas e o seu oponente pode perceber seus pontos fracos e como reage em cada situação.

Iniciando o pôquer Texas Hold’Em: cada jogador recebe duas cartas. O dealer distribui cinco cartas – três ao mesmo tempo, depois outra e depois mais outra – que podem ser utilizadas por todos os jogadores para fazer a melhor mão de cinco cartas possível.

Antes e depois de cada carta ser revelada, os jogadores se revezam para apostar. Para ficar na mão e ver a próxima carta, todos os jogadores devem ter colocado a mesma quantidade de fichas no pote como um ao outro.

A melhor mão da rodada ganha o pote.

O Texas Hold’Em parece simples, o desafio é dominá-lo.

Diferentemente do pôquer, para gerarmos retornos acima do benchmark proposto não dependemos de algumas jogadas e também não há emoção envolvida no processo de escolha dos ativos.

A análise macroeconômica é feita de forma minuciosa, para que possamos compor o melhor portfólio. As probabilidades e variáveis no mercado financeiro são muito maiores. Estar atentos aos fundamentos do país e dos ativos, e ao mesmo tempo proteger as carteiras para situações adversas, é desafiador.

A pandemia causada pela COVID19 tem cada vez menos efeito nos mercados, a não ser que haja uma grande mudança na evolução da doença e contaminações. Nos EUA e Europa, a segunda onda não atinge os grupos de risco, portanto não afeta significativamente o sistema de saúde.

As pesquisas sobre a vacina avançam, a de Oxford e Pfizer se encontram na fase três(final), muito provável que serão entregues antes das eleições americanas de novembro.

A respeito da economia, o presidente do FED, Jerome Powell deixou claro que os níveis atuais de juros permanecerão por pelo menos até 2022.

As novidades a respeito da vacina e manutenção de juros baixos nos EUA foram fundamentais para que os índices S&P500 e Nasdaq encerrassem agosto em novos recordes, e que deve permanecer em crescimento até o final do ano, passando por oscilações de curto prazo.

No Brasil a baixa taxa de mortalidade fora do grupo de risco permitiu que a flexibilização iniciasse sem pânico, permitindo a retomada da atividade econômica.

O orçamento Federal para 2021 causou muito ruído no mercado, por conta de um possível rompimento do teto de gastos, fazendo com que o índice Bovespa encerrasse abaixo dos 100mil pontos, no entanto, é muito provável que as reformas propostas sejam aprovadas, dado o alinhamento demonstrado recentemente entre ministro da fazenda, presidente da república, líder da câmara e senado, o acordo com o centrão vem fazendo efeito.

Com os atuais juros reais negativos, a diversificação provou ser a melhor alternativa dentro de um cenário possível de rompimento do orçamento e vermos uma nova crise no mercado, ou das reformas administrativas e tributárias emplacarem e termos um forte crescimento de IBOVESPA.

As cartas do cenário econômico estão abertas na mesa.

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Por Ricardo Veles, CIO

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