Na mitologia, o palácio de Cnossos, situado em Creta, escondia um labirinto, onde vivia um monstro denominado Minotauro, que possuía corpo de homem e cabeça de touro.
Os atenienses haviam matado um dos filhos do rei cretense, Minos, isso causou ódio a eles pelos cretenses. O rei jurou vingança, que foi cumprida e os cretenses declararam guerra contra Atenas, que foi derrotada.
Creta então exigiu dos gregos o pagamento de uma oferenda todos os anos. Essa oferenda consistia no envio de sete moças e sete rapazes que seriam devorados pelo Minotauro.
Era impossível sair do labirinto em que o Minotauro vivia. A história do labirinto sem saída começou a mudar quando um rapaz grego, Teseu, resolveu enfrentar o monstro do labirinto.
Teseu foi ajudado por Ariadne, filha do rei Minos, que lhe enviou um novelo de linha ajudando Teseu a não se perder no labirinto. O jovem marcava com a linha onde passava evitando que ele se perdesse.
O jovem travou uma árdua luta contra o monstro, conseguindo vencê-lo. Teseu, então, livrou Atenas de pagar a oferenda aos cretenses.
O FED faz o que pode e precisa para conter a inflação; em consequência os rendimentos dos títulos do governo sobem, o mercado tenta achar qual direção seguir, o que está por vir? No final de 2022, esperava-se que o FED iniciaria os cortes de juros, a partir do segundo trimestre de 2023. Porém a inflação se mostra resiliente,
isso parece estar descartado. Previa-se também uma recessão ou desaceleração, mas e agora?
Os indicadores de atividade da manufatura do G20, segundo a OCDE, estão sinalizando desaceleração, porém os aumentos das taxas de juros não estão desacelerando o setor de serviços e isso preocupa.
Como pode o Federal Reserve reduzir a inflação dos preços para 2%, ao mesmo tempo em que leva a economia a uma aterrissagem relativamente suave?
A reabertura da China corrobora para um cenário de reinflação pelo mundo?
Na Europa o BCE tem adotado um discurso mais forte com relação as taxas de juros, levando o mercado a projetar uma taxa de juros terminal em 4,25%.
Na geopolítica as preocupações são: a guerra Rússia/Ucrânia, e a relação EUA/China.
No Brasil, o mercado aguarda a definição de um novo e crível arcabouço fiscal, a preservação da âncora monetária e a expectativa sobre a proposta de reforma tributária. Os ruídos e as desavenças entre a parte política e a econômica, geram mais incertezas. O dólar sobe, a Bolsa cai os juros futuros sobem, a inflação desancora e as projeções de crescimento diminuem.
Encontrar um caminho através de um labirinto é uma metáfora perfeita. Como Teseu, continuaremos dedicados a lutar por investimentos com baixo risco. Indicamos investimentos que se beneficiam do regime de aumento das taxas, produtos de renda fixa com taxa flutuante são os mais adequados.