As carteiras que tiveram melhor performance neste ano mostraram que a diversificação entre classes de ativos é a estratégia certa quando se trata de alta volatilidade e, desempenhando a gestão de grandes fortunas, podemos citar: diversificação no mercado de capitais de diversos países – incluindo ações, pares de moedas e bonds de curto e longo prazo com variados níveis de qualidade de crédito, fundos imobiliários (Reits) e ETFs.


Pensando nas estratégias para os próximos ciclos, temos desafios e oportunidades latentes.
No Brasil, ainda não temos a definição fiscal para 2021, porém as reformas, privatizações e pacto federativo estão em pauta, o que pode levar o país a novos patamares de credibilidade e começar a atrair capital não apenas especulativo e de curto prazo. O alinhamento recente dos poderes com o centrão é um indicativo que a agenda pode caminhar, apesar dos ruídos no Distrito Federal.

Nos EUA, a injeção de capital é praticamente dada como certa e deve ocorrer em breve. O cenário atual de juros baixos levará essa liquidez às bolsas de valores, principalmente nos mercados emergentes em que as moedas foram extremamente depreciadas, mas com boas chances de recuperação, podemos citar: Real (Brasil), Lira (Turquia), Rublo (Rússia) e Rand (África do Sul).

E para o curto prazo, a corrida das vacinas para o combate ao coronavírus trará alívio para a retomada com tração total das atividades econômicas e resultados melhores para as companhias no primeiro semestre de 2021.
Apesar de termos expectativas de boas notícias, os fundamentos dos ativos escolhidos para a composição do portfólio precisam ser muito bem embasados e algumas questões precisam ser levantadas, como:
A empresa possui caixa suficiente para suportar um possível novo lockdown?
Qual o nível da qualidade de crédito do bond da empresa escolhida?
O país da moeda escolhida para diversificação atrai capital estrangeiro e possui boa estabilidade fiscal?

Os objetivos na gestão de fortunas normalmente se enquadram em três categorias amplas: redução de risco (volatilidade e drawdowns), aumento de retorno e diversificação, que devem ser considerados no nível da carteira total. Determinar em qual desses objetivos se concentrar é um primeiro passo importante na construção de um portfólio apropriado.
Os objetivos também precisarão ser pesados ​​contra os riscos potenciais. As duas questões principais que precisam ser respondidas são: qual o possível retorno que terá com o seu portfólio? Está confortável ​​com os riscos que precisam ser assumidos para alcançar o retorno desejado? Ao responder as perguntas, é bom lembrar que não está começando do zero; é importante ter ativos não correlacionados em momentos de estresse de mercado. Aqueles que optam por manter esse portfólio precisam reconhecer as razões para fazê-lo e os riscos envolvidos.

Ter objetivos claros de prazo e ajuste entre risco e retorno são fundamentais para a composição da carteira. E a paciência e liquidez para aproveitar boas oportunidades são aliadas neste processo, então, não tenha pressa para estruturar seus investimentos.
A Portogallo Investimentos é uma gestora de recursos que preza pela sofisticação e melhoria contínua de resultados, sempre respeitando o perfil de risco de cada cliente e com objetivos de longo prazo.
 
*Ricardo Veles, CFP®, CGA é CIO da Portogallo Investimentos, possui 11 anos de experiência no mercado financeiro. É professor para as matérias de Renda Variável e Derivativos na FK Partners, possui extensão em Renda Fixa avançada pela B3 e MBA em Finanças pelo Insper.



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