“No minuto em que você não está aprendendo, acredito que você esteja morto.”
Jack Nicholson
Nascido em 1937 em Nova Jersey, Jack Nicholson começou no cinema quando se mudou para Hollywood sozinho aos 13 anos. Ele foi indicado a mais premiações do que qualquer outro ator na história.
Considerado um dos melhores atores do século 20, está claro que Jack Nicholson domina a arte de interpretar papéis nada convencionais – um talento que ele adquiriu não apenas com a prática e devoção absoluta ao seu trabalho, mas também através de experiências únicas de sua vida. Próximo dos 80 anos de idade, Jack Nicholson continua sendo um dos atores mais descolados e admirados de Holywood. O ator protagonizou grandes clássicos do cinema, entre os quais “O Iluminado”, “Um Estranho no Ninho” e “Chinatown”.
Além de seu talento como ator, Jack é uma figura irreverente, que nunca deixou de fazer o que estava com vontade ou de falar aquilo que se passava em sua cabeça. O que mais chama a atenção sobre Nicholson é a interpretação perfeita de seus personagens que estão beirando a insanidade ou totalmente em estado de loucura.
O mercado financeiro algumas vezes parece se manter no estado dos personagens de Jack.
A crise causada pela COVID19 e suas variantes, parece ter ficado para trás. O motivo da oscilação dos Índices globais em setembro pode ter sido uma consequência das medidas emergenciais que foram tomadas para o combate à pandemia.
A injeção de liquidez pelos bancos centrais e a redução de juros, ferramentas utilizadas para impulsionar o consumo foram ações muito positivas para a economia em 2020. Porém, agora chegou a hora de pagar a conta desses incentivos.
No Brasil, 90% da população adulta já está com a primeira dose da vacina anti-Covid aplicada (fonte www.gov.br/saude/), o que justifica o retorno mais forte das atividades e consumo, principalmente dos setores de alimentação e serviços que foram os mais afetados pela pandemia. Por outro lado, é possível um cenário de crise energética, o custo com insumos aumentou em todo o mundo, a quantidade de energia demandada é muito mais alta em relação às médias dos meses anteriores, e em caso de confirmação do apagão, teremos impacto sobre toda a cadeia produtiva, colocando mais pressão sobre a inflação.
No comando do banco central brasileiro, Roberto Campos tem mostrado que não poupará esforços em trazer a inflação para o centro da meta. Por isso, esperamos que a taxa Selic alcance 9,5% para controle do IPCA, até o primeiro trimestre de 2022.
Todos esses fatores se refletiram no Índice Bovespa que desvalorizou -6,57% no mês, enquanto o Dólar Americano se valorizou em relação ao Real Brasileiro em +5,70%.
Nos EUA a redução de estímulos pelo FED (tapering) está prestes a acontecer, provavelmente em meados de novembro. No entanto, um fator que não estava no cenário e já aponta como possível é a estagflação, derivada de um ambiente com alta inflação e baixo crescimento do país, daí a necessidade de aprovação do pacote de Infraestrutura de Biden. Estímulos que reduziriam o gargalo de transporte e melhorariam a logística de distribuição no país. No entanto, a proposta esbarra na aprovação no Congresso e Senado americano. Os Democratas precisarão fazer grande esforço para a aprovação do projeto.
As ações de tecnologia que compõem o Índice Nasdaq sofreram com as notícias do tapering, pois são do estilo “Growth” que significa que são empresas escolhidas devido ao potencial de crescimento, alto fluxo de caixa e geralmente não pagam dividendos. Com menor liquidez no mercado, o retorno esperado desses ativos é mais alto. O Índice Nasdaq encerrou o mês em -5,31% e o S&P500 em – 4,97%.
Diante dos desafios apresentados, ajustamos nossos portfólios com a inclusão de ativos que se beneficiam com o aumento de juros, inflação e oscilação de ativos de risco no curto prazo.
O mercado pode estar “insano” com o fim dos incentivos financeiros, inflação alta, crise energética e escalada dos juros. Porém, não importam as condições, navegaremos sempre buscando as melhores oportunidades, com colete salva vidas.
Por Ricardo Veles, CIO
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