“Algumas vezes, o melhor jeito de convencer alguém que está errado é deixá-lo seguir seu caminho. ”  

Mestre dos Magos

 A série em desenho animado produzida pela Marvel, com o nome original Dungeons & Dragons, no Brasil chamada de A Caverna do Dragão, estreou no Brasil em 1986. 

A abertura da série mostra um grupo de seis jovens num parque de diversões embarcando numa montanha russa chamada Dungeons & Dragons. Contudo, durante o passeio, um portal se abre e transporta as crianças para outro mundo, chamado de “Reino”. 

A partir daí, os jovens passam por diversas aventuras buscando voltar para casa, durante as quais o Vingador, tenta a todo custo tomar as armas do poder dos jovens com a intenção de dominar o Reino. 

O Vingador é um feiticeiro maléfico, opressor de diversos povos e raças, com grandes habilidades místicas. Aparentemente, o Vingador usufrui de algum tipo de imortalidade que lhe garante o retorno à vida mesmo quando seu corpo é, temporariamente, destruído. 

Durante a série, vemos que em grande parte das vezes, é o Vingador que impede o retorno dos garotos para casa. 

 Da mesma forma “imortal” que o Vingador, o Senador Renan Calheiros retorna de seu sarcófago e é escolhido como relator da CPI que visa investigar o Governo Federal e demais entes relacionados à atuação de combate à pandemia da covid-19. A CPI tem como objetivo definir se houve ato de improbidade administrativa, atos de corrupção ou quaisquer atividades prejudiciais ao combate da pandemia, que possam ser tipificadas junto ao ordenamento jurídico brasileiro. Curiosamente, o ministro Luís Roberto Barroso não se importa com os casos contra o relator que tramitam no STF, um mero detalhe. 

No país em que até o passado é incerto (como no Reino de Caverna do Dragão) temos a certeza de um fato: os governantes que optaram por reprimir o direito ao trabalho terão dificuldade com suas candidaturas em 2022. 

 Mesmo com o país flertando com o rompimento de gastos, cenário político instável, nova cepa indiana desembarcando por aqui, reformas ainda não implementadas e mais uma CPI que como de costume deve acabar em pizza, o resultado do PIB no primeiro trimestre de 2021 veio bem acima das projeções, com 1,2% contra o esperado de 0,9% e surpreendeu até os mais otimistas com o cenário econômico. 

 Encerramos o mês de maio com o Índice Bovespa em alta de 6,16% com cotação de 126.215,70 pontos e o dólar comercial com desvalorização de -4,04% cotado em R$ 5,21. O investidor estrangeiro volta a se animar com o Brasil após o resultado do PIB e a redução do risco país devido a maior possibilidade de geração de caixa . Esse risco é medido pelo CDS 5yrs, um derivativo que mede a possibilidade de calote do país nos próximos cinco anos (quanto menor melhor). Sua cotação caiu -9,29% em maio, dando continuidade à desvalorização que ocorreu em abril com queda de – 17,51%. 

 Ainda existe a oportunidade para o ministério da economia implementar as reformas e privatizações a qual se propôs no início do mandato. 

Em relação ao mercado internacional, os EUA tomaram a frente da corrida da recuperação econômica com ações lideradas por seu Arqueiro, Jerome Powell, e Janet Yellen. As vacinações devem ser concluídas e as atividades do país normalizadas até o Dia da Independência (4 de julho), conforme prometido pelo presidente Joe Biden. Em relação a outros países encontramos boas oportunidades de crescimento nos que possuem bom potencial de vacinação, porém em ritmo mais lento, como alguns membros da Zona do Euro e América Latina, que estão aquém na entrega das doses disponíveis. 

 Apesar do cenário ser favorável à recuperação global, ainda podemos ter surpresas desagradáveis por aqui. 

No cenário político local já começamos a ver os primeiros movimentos mais concretos em relação a eleição de 2022 e fica claro que temos partidos que se diziam antagônicos dando forma as cabeças do um novo dragão, como Timat, o monstro de Dungeons & Dragons, com várias cabeças, mas o mesmo estômago. 

Dado o ambiente macroeconômico local, invista também globalmente, através do fundo Portogallo Nazaré FIM LP. 

Por Ricardo Veles, CIO

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